A história da família Dors inicia-se na distante Itália. Infelizmente, ainda sabe-se pouco a respeito das raízes de nossos ancestrais. Segundo a tradição oral, teriam vindo da montanhosa Província de Belluno, parte da região do Vêneto, no norte do país. Esse fato também foi recentemente confirmado através de registros do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (colaboração da Massolin de Fiori Società Taliana). Porém, não foram preservados documentos, cartas ou fotografias dos primeiros tempos e ainda não foi possível descobrir de que comune (cidade) teriam vindo.

   Também é difícil determinar a data exata em que teriam chegado ao Brasil e qual o roteiro seguido. Todavia, baseado em um censo de 1883, preservado na cidade de Montenegro, já se sabe que a chegada aconteceu no ano de 1880. Algum tempo depois, em 1884, Giacobbe Dors e Luigia Zanella (ou Maria Luigia Zanella) ocupavam o lote nº 24 da Linha Palmeiro, pertencente à Colônia Dona Isabel (atual Bento Gonçalves-RS). Cerca de dez anos depois, em 1894, a família quitou o lote e recebeu o título de propriedade definitivo.

   Atualmente, essas terras pertencem à família Ferrari, que colaborou com a pesquisa, e lá existem ruínas de uma pequena casa que teria sido construída por nossos antepassados nos primórdios da imigração.

   O casal de italianos teve sete filhos, sendo quatro nascidos na Itália e três no Brasil. Os irmãos Giovanni (depois chamado João, com 14 anos na época), Luigi (Luiz, 11anos), Domenico (Domingos, 8 anos) e Brígida (3 anos) acompanharam os pais na difícil travessia do Oceano Atlântico. Já a menina Regina nasceu nos primeiros tempos de Brasil (talvez tenha nascido na viagem e sido registrada aqui), mas não se tem notícias dela após os três anos de idade, acreditando-se que tenha falecido jovem, sem deixar descendente. Depois disso, nasceram ainda José e Fiorello.

   Mais tarde, espalharam-se por diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.